Manutenção preventiva de pontos críticos
Regular um câmbio, trocar sapatas de freios e até mesmo um raio são coisas que conseguimos fazer durante uma viagem quase que da mesma forma que faríamos em casa ou numa oficina. Mas existem alguns pontos da bike que devem sair de casa bem revisados, porque arrumar na estrada é quase impossível. Abaixo alguns itens que podem acabar com uma viagem.
Cubos
Os eixos das rodas ficam fechados em caixas rodeados por esferas cheias de graxas. Como nunca os vemos tendemos a nos esquecer deles. Acontece que por mais que sejam protegidos por retentores de borracha que evitam a grande entrada de água, um pouco passa e, com o tempo, consome a graxa.
A deficiência de lubrificação gera mais atrito e com isso um emagrecimento das esferas ocasionando folgas e até sumindo com alguma. Tudo isso em pedais pequenos não é problema, pois se aparecer uma vibração estranha, você terá tempo de voltar para casa e providenciar a manutenção. Mas se estiver em viagem de mais de 150 km, o eixo pode encostar de vez na caixa e acabar com sua roda. Isso, somado à precariedade das bicicletarias de cidades pequenas, pode botar fim à sua viagem.
O melhor a fazer antes de grandes viagens é abrir o cubo, trocar a graxa e checar se todas as esferas estão em dia. Fazendo isso, você terá a certeza de poder rodar no mínimo dois mil quilômetros sem se preocupar.
Aros
Esse componente é crítico para quem usa V-Brake. Com o atrito das sapatas ele também vai sendo consumido. Basta um milímetro de desgaste para abrirem feito lata de sardinha com a pressão dos pneus. Algumas marcas que usam alumínio mais duro resistem mais, mas não dá pra arriscar. Se abrir, só arrastando mesmo, porque enrosca tudo. Já passei por esse mico. Tive sorte de não ter sido em viagem, mas foi dois dias depois de ter chegado de uma.
Por isso, escolher um aro que tenha um alumínio melhor pode fazer toda a diferença. Além disso, ficar de olho no desgaste é fundamental. Tendo alguma desconfiança, troque. Alguns vêm com um friso na lateral para auxiliar. Quando a tinta dentro desse friso começar a sumir é hora de planejar sua troca.
Movimento central integrado
Diferente do selado, esse tipo tem um rolamento mais exposto e requer o mesmo tipo de manutenção dos cubos. Até mais frequente porque sua vedação é menor do que a dos cubos.
A reposição da lubrificação até que poderia ser feita no meio de uma viagem, mas para isso é necessário remover o pedivela e isso muitas vezes quer dizer levar mais ferramentas na viagem. Por isso não custa já fazer o procedimento antes de sair para uma grande viagem.